sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mais da poderosa economia brasileira: Economia brasileira tem 2ª maior desaceleração entre 34 países

Por Estadão,

LONDRES - A economia brasileira teve a segunda maior desaceleração entre 34 países em outubro, informou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta segunda-feira, 12. O índice de indicadores antecedentes da organização para o Brasil recuou de 102,3 pontos em outubro de 2010 para 94,2 pontos em igual mês deste ano, uma queda de 7,9%. Na comparação com setembro, o índice para o País caiu 0,5%. Além do Brasil, só a Índia teve uma recuo porcentual maior do indicador, de 8,7%. Entre todos os membros da zona do euro, houve uma queda de 5,1% em bases anuais. 

O resultado contraria a afirmação recente do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que a perda de vigor da economia no 3º trimestre era passageira. "No quarto trimestre, já temos outra situação. A economia já estará acelerando, porque uma parte das medidas que tomamos já está sendo revertida, principalmente as medidas monetárias", afirmou ele na semana passada.

Maiores economias estão desacelerando

O índice antecedente para os 34 membros do bloco recuou de 100,4 em setembro para 100,1 em outubro. Essa foi a oitava queda mensal consecutiva, indicando que a desaceleração do crescimento nos países desenvolvidos iniciada no terceiro trimestre do ano passado deve continuar. 

Segundo a OCDE, os indicadores antecedentes para os emergentes também apontam para uma continuação da desaceleração. Mas a organização afirma que alguns países terão um desempenho pior do que outros. A atividade econômica no Brasil, França, Alemanha, Índia, Itália, Reino Unido e na zona do euro deve ser mais fraca do que a tendência de longo prazo. Já no Japão e na Rússia a atividade deve ficar acima da tendência de longo prazo.

Já o índice dos EUA recuou de 101,0 para 100,9. O índice da zona do euro caiu de 99,2 para 98,5, enquanto o índice da Rússia ficou estável em 102,2.

Os indicadores antecedentes da OCDE são destinados a dar sinais antecipados de pontos de virada entre expansão e desaceleração da economia e são baseados numa série de dados que têm um histórico de assinalar mudanças das atividades. As informações são da Dow Jones.


Comentários,

Realmente será um prato cheio e saboroso ver a trupe de petistas e patriotários que vem arrotando o crescimento piquinês da economia brasileira nos últimos dois anos, atrás de diversas republiquetas (na esteira do IDH).

E a coisa só tende a piorar, como venho apontando em meus posts sobre economia. Muita coisa vai estourar ainda: dívida interna, inchaço estatal (populismo 'caro') etc. etc.

A dúvida paira no seguinte: a coisa vai explodir quando? Lá para março do ano que vem? Talvez. Depois da Copa e Olimpíadas, que dará um gás keynesiano na bolha econômica brasileira? Bem, isso eu não sei precisar.

Ah, e tem mais:

14/12 - CNI: Déficit comercial de manufaturados no Brasil deve continuar em 2012

Brasília, 14 de dezembro de 2011 - A mudança do eixo consumidor no mundo,
que deixa de ser liderado pelos países europeus e pelos Estados Unidos e passa
a ser puxado pela China, deverá fazer com que o déficit comercial de produtos
manufaturados brasileiros se mantenha em 2012. A avaliação é de Flávio
Castelo Branco, gerente executivo de políticas econômicas da Confederação
Nacional da Indústria (CNI).

"A Ásia deve continuar demandando produtos básicos, não com preço tão
alto, mas seguirão sendo demandados. Em 2011, o déficit de manufaturados é
US$ 90 bilhões. Esse número não deve mudar muito em 2012", disse Castelo
Branco.

A CNI projeta que o superávit comercial em 2012 será menor do que o de
2011, passando de US$ 28,8 bilhões este ano para US$ 20,8 bilhões no ano que
vêm. Segundo Castelo Branco, a redução dos preços de commodities devem
influenciar esse resultado menor.

Flávia Pierry / Agência Leia

14/12 - FEBRABAN:Para 65% dos bancos, economia tem desacelerado mais que o esperado


São Paulo, 14 de dezembro de 2011 - Mais da metade dos bancos brasileiros
acredita que a economia brasileira tem desacelerado mais do que o esperado e
mesmo as medidas adotadas pelo governo para estimular o consumo podem não
garantir um crescimento maior em 2012 do que em 2011. Segundo a pesquisa
"Projeções e Expectativas de Mercado", realizada entre 9 a 14 de dezembro
com 30 bancos, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 65% dos bancos
acredita que a economia tem apresentado um ritmo de desaceleração superior ao
previsto.

Enquanto 31% acredita que ela está desacelerando no ritmo esperado, apenas
4% dos bancos pesquisados apontou que a economia desacelerou em ritmo inferior
ao esperado.

A pesquisa também questionou os bancos sobre as medidas de estímulo
tomadas e 84% deles disseram que as medidas "terão impacto moderado,
especialmente porque o crescimento em 2012 vai acabar dependendo
substancialmente da evolução do cenário externo". Outros 12% ainda disseram
que elas terão baixo impacto e até que aumentou a possibilidade da economia
crescer menos em 2012 do que em 2011, sem que novas medidas sejam adotadas.
Apenas 4% afirmaram que as medidas terão impacto elevado sobre a atividade e
serão suficientes para crescer pelo menos 4% em 2012.

http://www.safras.com.br/pop_noticias.asp?id=1314991824&commo=noticiaL  

Resumo da ópera, meus camaradas:
Tenho um amigo do agronegócio (o que sustenta essa bagaça aqui) prevendo que a coisa vai começar a ficar feia a partir de março do ano que vem. Se a agroindústria titubear (visto que a indústria foge do Brasil como diabo da cruz) se preparem, porque seremos não a nova Espanha, mas a nova Grécia.

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