No hangout de retrospectiva que participei na última quinta-feira fiz uma lista de altos e baixos de 2016. Quero aqui reprisar minha lista e apontar algumas projeções modestas para 2017:
ALTOS:
- Estados Unidos da América;
- Partido republicano (paradoxalmente: seu establishment foi derrotado, mas recuperou a presidência e fez maioria na Câmara e Senado);
- Ala eurocética do partido Conservador Britânico;
- mercado editorial "conservador" brasileiro;
- Alt-Right;
- guerra de narrativas;
- agenda e militância pró-aborto;
- minha carreira de editor (tive a chance de participar da edição do ótimo Idade Média, o que não nos ensinaram, em belíssima edição pela Linotipo Digital).
BAIXOS:
- Partido Democrata;
- Hillary Clinton;
- clãs políticos americanos (Clinton, Bush);
- Mídia tradicional/imprensa (Brasil/mundo);
- "Justiça social";
- Ben Shapiro.
PROJEÇÕES:
- A guerra de narrativas continuará a todo vapor, pois não acredito que ela tenha sido enfrentada efetivamente pelas alas não à esquerda do espectro. O que quero dizer com isso? Casos isolados de racismo, homofobia ou terrorismo praticados por eleitores de Trump, simpatizantes do Bolsonaro ou homens brancos continuarão causando comoção mundial/nacional, ao passo que as mesmíssimas situações, quando praticadas por negros, gays ou muçulmanos serão tão rapidamente esquecidas como são os demais casos de violência.
- A agenda do aborto avançará no Brasil e veremos novas canetadas do STF, tanto sobre aborto quanto sobre outras pautas progressistas que não têm simpatia das pessoas e do Congresso.
- Donald Trump sofrerá com o padrão duplo da imprensa como nunca ninguém sofreu antes:
Ou seja, a narrativa que Trump é um cara mau será emplacada mesmo que o custo disso seja o próprio princípio da não-contradição.
- A direita vencerá na França (quer Fillon - mais provável - quer Le Pen).
- O euroceticismo avançará mais na Europa, seja com a eleição de governantes, parlamentares ou a saída de países do bloco.
Por que "Ben Shapiro", como baixo?
ResponderExcluirEle se enveredou na turma da crítica cega ao Trump. Mesmo depois das evidências terem mudado a opinião da National Review, por exemplo.
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