quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Novo livro do economista liberal Rodrigo Constantino "Liberal com Orgulho"

Recomendadíssimo.


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Rodrigo Constantino lançou no dia 19 último, na Livraria Travessa do Shopping Leblon, seu livro Liberal com Orgulho, pela editora Lacre.


Introdução do livro (retirado do próprio blog do Rodrigo):

Poucas pessoas assumem ser liberais no Brasil. Com uma hegemonia da esquerda no ambiente intelectual do país, as virtudes e os fins nobres foram se tornando monopólio dos pensadores socialistas ou social-democratas, e qualquer ponto de vista liberal passou a ser automaticamente descartado como coisa de “elite” insensível ou oportunismo de grupos de interesse. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Os países liberais foram justamente aqueles que tiveram mais progresso material, associado sempre a uma ampla liberdade individual, incompatível com modelos que concentram demasiado poder no estado. Por que, então, ter vergonha de usar o termo liberal? Os fatos históricos e também o embasamento teórico estão do lado dos liberais. Por que fugir do rótulo?

Sim, os rótulos podem ser simplistas e gerar confusão. Mas não acredito que a saída para os liberais seja recusar tal denominação. Fazer isso é fazer o jogo da esquerda, aceitar que o monopólio da virtude está do lado de lá. Não está! E, por isso mesmo, faz-se necessário debater com foco nos argumentos, defendendo sem medo as posturas liberais. A timidez no debate, com os liberais sequer assumindo abertamente aquilo que pregam, representa um tiro no pé do liberalismo como opção de modelo ao país.

E que fique claro o ponto já levantado por Roberto Campos: o liberalismo nunca nos deu o ar de sua graça. Se o Brasil é um país com muita miséria e desigualdade social, isto não é culpa do liberalismo, pois este jamais existiu por aqui. O Brasil é um país patrimonialista e clientelista, que nos últimos 20 anos experimentou uma social-democracia com governo inchado, e que antes, nos tempos da ditadura, tampouco teve algo que se assemelhasse ao liberalismo, mesmo restrito à economia.

Dirigismo estatal não combina com livre mercado. Concentração de poder no estado também não é uma bandeira liberal. Portanto, os males que assolam nosso país não foram plantados por políticas liberais ou “neoliberais”, ao contrário do que reza a lenda esquerdista. O Brasil está na rabeira dos rankings que medem o grau de liberdade econômica dos países. O liberalismo simplesmente nunca foi testado na terra brasilis.

Infelizmente, nenhum partido organizado ostenta a cartilha liberal. A maior evidência disso foi o PFL, que ao menos carregava liberal no nome, alterar sua sigla para DEM, de democratas. Isso explica, em parte, a apatia da oposição durante o governo do PT. Os tucanos e democratas não sabem fazer oposição contra um governo que, em linhas gerais, utiliza o mesmo ideário social-democrata, com forte crença na capacidade do governo como locomotiva do progresso. Falta-lhes a convicção necessária para oferecer, de fato, um modelo alternativo, ou seja, o liberalismo.

Meu livro tenta justamente estimular este debate, mostrando porque os liberais merecem uma oportunidade política para posicionar o país em uma trajetória diferente, com mais liberdade econômica e individual. Os artigos aqui presentes falam de diversos temas distintos, mas invariavelmente retornam a este ponto central: a defesa da liberdade individual. E nada representa ameaça maior a esta liberdade do que um governo inchado, obeso, que concentra poder demais.

Cotas raciais, empréstimos subsidiados, privilégios, política inflacionária, corrupção fora de controle, leis arbitrárias, impunidade, burocracia asfixiante, tudo isso tem ligação, em última instância, com o modelo de sociedade que temos no Brasil, e que passa longe do liberalismo aqui defendido. Os principais pilares deste modelo liberal seriam o estado democrático de direito, o império das leis, igualmente válidas para todos, e uma economia de mercado, com preços livres, propriedade privada protegida e limitada intervenção estatal, mesmo que por meio de regulamentações.

O Brasil está muito longe deste modelo. É meu objetivo contribuir para que isto possa ser mudado. O quanto antes, pois custa muito caro, tanto em termos materiais quanto de liberdade individual e até vidas, insistir no erro do coletivismo estatizante atual. Vamos dar ao liberalismo uma chance!

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